O presidente da Confe­­deração Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, classificou ontem de "desesperadora" a situação das finanças das prefeituras do país. "É desesperador para as prefeituras e também para o cidadão", avaliou Ziulkoski, logo após divulgar dados sobre o andamento de repasses e da arrecadação de municípios.

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De acordo com um dos levantamentos apresentados pela CNM, 65% de cerca de 350 municípios pesquisados estão com um atraso médio de cinco meses com seus fornecedores. Na mesma linha, o gasto com pessoal médio das prefeituras analisadas está em 50,38%, próximo do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Na mesma pesquisa, 51,1% das cidades consultadas apontaram que não fecharão suas contas neste ano, com um déficit orçamentário médio de 15%.

O quadro descrito pela CNM se deve, segundo seu presidente, ao número cada vez maior de atribuições repassadas aos municípios, sem que haja correspondência de arrecadação ou de transferências. De acordo com Ziulkoski, 85% da arrecadação nacional fica nas mãos da União e dos estados.

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Ainda de acordo com dados da CNM, 6,74% de mais de 4 mil municípios ouvidos afirmaram que vão atrasar a folha de pagamento de dezembro. Outros 10,4% disseram não saber se iriam conseguir pagar em dia.