Brasília (AE) - O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, deverá ser o primeiro a renunciar ao mandato. Ele estuda a possibilidade de apresentar uma carta de despedida já nesta semana, quando deverá voltar a Brasília após período de reclusão no interior de São Paulo.
A opção pela renúncia deve ser adotada porque o próprio João Paulo reconhece que sua situação é "insustentável". O ex-presidente da Câmara vem pensando em abrir mão do mandato desde o dia 20 passado, quando dados em mãos dos integrantes da CPI dos Correios revelaram que a mulher de João Paulo, Márcia Milanesio, sacou R$ 50 mil das conta SMPB, agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador do mensalão.
A situação do deputado do PT, que tinha em seus planos disputar o governo de São Paulo pelo partido, agravou-se ainda mais porque ele mentiu à CPI. Apresentou à comissão versão de que sua mulher esteve no Banco Rural, onde o saque foi feito, para resolver um problema de pagamento de uma conta de TV a cabo. "Se ele não renunciar, provavelmente será cassado", afirma um colega de partido de João Paulo.
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