Apenas três deputados da bancada paranaense na Câmara Federal se posicionaram contrários à abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com os 30 parlamentares que formam a bancada do Paraná e 12 deles disseram que vão votar a favor da abertura do processo. Outros 10 deputados não quiseram se posicionar a respeito do assunto enquanto os partidos não tomarem uma decisão sobre o posicionamento das legendas.
INFOGRÁFICO: Veja o que pensam os deputados do PR sobre o impeachment de Dilma
Os três deputados que afirmaram que votarão contra a abertura do processo têm ligação com o Partido dos Trabalhadores. Dois deles – Ênio Verri e Zeca Dirceu – são filiados ao partido. Já o deputado Toninho Wandscheer (PMB) era filiado ao PT, mas trocou de partido recentemente.
“Na minha opinião, o PT chegou no limite e não poderia ceder às chantagens”, disse o deputado Ênio Verri, presidente estadual do PT. Pelas redes sociais, Zeca Dirceu (PT) repetiu o mesmo tom do discurso de Dilma e chamou a atenção para as investigações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “Dilma não é acusada de nada, ao contrário do deputado Eduardo Cunha”, disse o parlamentar.
O PT chegou no limite e não poderia ceder às chantagens. Dilma não é acusada de nada, ao contrário do deputado Eduardo Cunha.
Já Toninho Wandscheer (PMB) criticou a maneira como o pedido foi aceito pelo presidente da Câmara – no mesmo dia em que o PT afirmou que votaria contra o deputado no Conselho de Ética da Casa. “[Cunha] podia ter feito isso há muitos dias e não fez porque estava usando isso como forma de pressionar para que o partido do governo votasse a favor dele. Isso é muito mesquinho”, disse o parlamentar.
A Dilma perdeu a credibilidade, a situação financeira do país é caótica, a inflação está voltando e a corrupção tomou conta do governo.
Os deputados têm até esta segunda-feira (7) para instalar a comissão especial, formada por 66 parlamentares e igual número de suplentes, para analisar a denúncia lida em plenário na última quinta-feira (3). A partir de instalada a comissão, a presidente deverá ser notificada a apresentar defesa em até 10 sessões da Câmara. Assim que Dilma apresentar sua defesa, a comissão deverá votar o relatório final contra ou a favor da abertura do processo de impeachment.
*Colaborou Larissa Mayra, especial para a Gazeta do Povo
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