O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), afirmou nesta segunda-feira (12) que só desistirá da candidatura à reeleição se houver um pedido de seu partido. Ele ressaltou que foi a bancada quem o indicou candidato e cobrou dos defensores do nome de José Sarney (PMDB-AP) uma posição pública sobre o assunto. Por enquanto, o adversário de Garibaldi na eleição é Tião Viana (PT-AC).

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"Eu só desisto se o PMDB - aqueles que se reuniram naquela sala e me lançaram -, se reunir de novo e dizer que eu não sou mais candidato", disse Garibaldi.

Ele foi lançado para disputar novamente o comando da casa pela unanimidade da bancada do partido na Casa, mas as especulações sobre uma candidatura de Sarney têm tirado força da pretensão de Garibaldi. O presidente do Senado, no entanto, avisa que o apoio a Sarney não seria automático. "O presidente Sarney não me pediu para desistir e se ele (Sarney) pedir depende das circunstancias. Não vim ser candidato para desistir no meio do caminho."

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Garantindo que vai "até o final" na candidatura, o presidente do Senado lembrou que disputou 11 eleições, venceu dez e nunca desistiu. "Quem é o candidato que vai me botar para correr?", desafiou.

Garibaldi pediu que as pessoas que defendem uma candidatura de Sarney façam esse apelo publicamente, mas ressaltou que a decisão sobre entrar na disputa é do ex-presidente. "O presidente Sarney, ao que eu sei, não é candidato. Quem deve lançar a candidatura dele é ele mesmo."

O presidente do Senado acredita que já afastou eventuais dúvidas jurídicas sobre sua candidatura. A Constituição proíbe a reeleição dentro de uma mesma legislatura, mas Garibaldi argumenta exercer apenas um "mandato tampão", por ter sido eleito para substituir Renan Calheiros (PMDB-AL) já em dezembro de 2007.

Ele descartou ainda qualquer vinculação de sua eleição à possibilidade de crescimento da tese de um terceiro mandato para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vejo ninguém na oposição defender essa tese esdrúxula. O terceiro mandato seria decidido por uma emenda constitucional e agora estamos tratando da eleição no Senado". Garibaldi, por sua vez, não quis dizer se pretende disputar um terceiro mandato caso consiga a reeleição.

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