Ao sancionar nesta quarta-feira(17), no Palácio do Planalto, a Lei Geral do Turismo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a reclamar da imprensa, que, segundo ele, só faz a divulgação de violência e coisas ruins do Brasil, como as balas perdidas. "Sabemos que tem tudo isso aqui e tem nos outros países também. Mas, aqui, muitas vezes, só divulgamos o que é ruim. O que é bom fica para depois", afirmou. "Diferentemente de um ex-ministro que disse que só divulgamos o que é bom, o que é ruim a gente esconde, nós aqui, no Brasil, divulgamos apenas o que é ruim, o que bom se esconde", ironizou Lula, que se referia ao embaixador Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco. Há 13 anos, sem saber que estava no ar, em uma entrevista de TV, Ricupero comentou para todo o país que as notícias boas, o governo dava e, as ruins, escondia.
Para Lula, "as pessoas precisam perder o medo de viajar" E completou: "a imprensa certamente vai colaborar de forma extraordinária, falando de lugares mais bonitos e de menos violência. Quem sabe, isso ajuda um pouco mas, agora, é preciso muita publicidade porque é muito pouca gente que vem para o Brasil ainda".
Lula sugeriu ao ministro Luiz Barretto, confirmado nesta quarta no cargo como ministro efetivo, que procure os canais de televisão do Brasil que têm programação no exterior para que consigam colocar as coisas boas do Brasil na televisão.
O presidente disse que "falta uma boa política" para motivar o turismo no Brasil. Ao sancionar o projeto, o presidente Lula vetou um dos artigos da lei, que concedia incentivos fiscais à empresas de turismo, a exemplo dos que são concedidos à empresas de exportação.
Em entrevista, o ministro Luiz Barreto explicou que o veto foi recomendado pela Fazenda porque a lei foi mal redigida e estava "ampla demais", embora ressalvasse que o deputado, autor da emenda, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), era um "amigo do turismo". Avisou, no entanto, que será feita uma regulamentação da lei existente e que o assunto prosseguirá em debate. O ministro acrescentou ainda que a nova lei "dá a segurança jurídica aos investimentos no país, e tranqüilidade tributária a setores do turismo". Segundo ele, ela cria marcos regulatórios para empresa terem segurança para se formalize, lembrando que só vai poder operar no turismo quem for cadastrado nas secretarias estaduais e no Ministério do Turismo.
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