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O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), voltou a criticar a o oposição por vincular a votação sobre a prorrogação da CPMF ao processo contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e à discussão sobre um possível terceiro mandato do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

- O assunto CPMF começa a ser vinculado, uma hora, com o senador Renan Calheiros, outra hora, com o terceiro mandato. Daqui a pouco vão querer vincular com o jogo Botafogo e São Paulo - ironizou o senador.

Segundo Viana, a oposição deveria se ocupar em discutir uma pauta mais elevada na Casa, em vez de substituir grandes questões nacionais por pequenas crises.

- Acho que só quem pode chamar a debate o terceiro mandato, e que não vai chamar em hipótese alguma, é o presidente Lula, que tem uma visão de Estado à altura do seu tempo, à altura dos desafios atuais e à altura de sua figura de democrata pleno. Agora, do jeito que estamos vendo, acho que quem está fazendo isso são setores da oposição, que não entendem que, cada vez que tratam essas questões, negligenciam uma pauta mais elevada. As grandes reformas que o Brasil deveria estar discutindo no Parlamento estão sendo substituídas por pequenas crises, que colocam a todos nesse tipo de canto.

CCJ vota na quarta relatório sobre caso Renan

Tião Viana garantiu que há tempo para votar o processo contra Renan e também a CPMF antes do recesso de fim de ano. Na próxima quarta-feira, Renan enfrenta mais um julgamento. Dessa vez vai ser votado o relatório do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Será analisada a constitucionalidade do processo que investiga se ele usou laranjas para comprar veículos de comunicação em Alagoas, antes de enviá-lo ao plenário da Casa. Essa é a terceira investigação contra Renan.

A oposição tem interesse de atrasar a análise da matéria porque com isso atrasaria também a votação em plenário da Proposta de Emenda à Constituição que prorroga até 2011 o imposto do cheque.

Senado tenta destrancar a pauta a partir desta segunda

Duas Medidas Provisórias (MP) que estão trancando a pauta do Senado e impedem a votação em primeiro turno da PEC da CPMF poderão ser votadas nesta segunda-feira, após acordo fechado por Tião Viana com líderes da oposição, na quinta-feira, uma vez que às segundas-feiras as sessões plenárias são não-deliberativas (não tem votação).

Uma das MPs que trancam a pauta autoriza ainda a concessão de subvenção econômica nas operações de empréstimos e financiamento destinadas às empresas dos setores de calçados e artefatos de couro, têxtil, de confecção e de móveis de madeira. A outra institui o Programa Nacional de Dragagem Portuária e Hidroviária.

Para traçar uma estratégia para a votação da CPMF, o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, chegou domingo à noite a Brasília para um encontro com o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), com o intuito de elaborar um mapeamento dos votos.

Nesta segunda, o ministro, que substitui Walfrido dos Mares Guia, encontra-se com dois senadores do PTB, seu partido: Mozarildo Cavalcanti (RR) e Sérgio Zambiasi (RS). Mozarildo tem anunciado o voto contra a CPMF. Zambiasi aguarda as negociações entre a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), e a área econômica.

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