A presidente Dilma Rousseff despacha na noite desta quinta-feira (20) no Palácio do Planalto, enquanto cerca de 20 mil manifestantes protestam em frente ao Congresso Nacional. Pelo menos 200 homens da Polícia do Exército fazem uma espécie de escudo humano para proteger o Planalto de possíveis ataques com as manifestações populares em Brasília. Dilma se reúne com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, desde as 16h. Não foi divulgado o assunto da audiência.
Dilma deixou o Palácio do Planalto por volta das 20h30. A presidente saiu do Planalto enquanto um grupo de manifestantes depredava o Palácio Itamaraty - a área em torno do Planalto, no entanto, segue protegida da multidão.
A presidente decidiu cancelar a viagem que faria nesta sexta-feira (21) a Salvador para anunciar o Plano Safra do Semiárido. Dilma também cancelou viagem que faria ao Japão na próxima semana diante do quadro de turbulência no mercado financeiro mundial e para acompanhar de perto a evolução das negociações sobre as manifestações que tomaram conta do país nas últimas semanas.
Segundo a assessoria, a viagem será remarcada para outra data. A presidente tinha agenda oficial no Japão entre os dias 26 e 28 de junho e deveria embarcar na próxima segunda-feira (24).
Dilma avaliou que não deveria sair do país neste momento de instabilidade tanto no cenário internacional como interno. Na semana passada, quando as manifestações ganharam força, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), estavam em Paris.
Por causa do cancelamento da viagem ao Japão, Dilma alterou também a data de sua visita a Salvador, prevista para amanhã. Agora, a agenda na Bahia deve ser remarcada para a próxima semana.
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