O vereador Odilon Volkmann (PSDB) pediu licença de 30 dias da Câmara de Curitiba. O parlamentar é acusado de praticar fraude em seu mercado, no Sítio Cercado, e de ter nomeado sua mulher em seu gabinete parlamentar o que configura nepotismo. No momento, a Corregedoria da Casa investiga a primeira denúncia de irregularidade. O Conselho de Ética investiga a segunda.
O vereador não quis se manifestar sobre o assunto, mas, por meio de nota à imprensa, declarou que seu afastamento visa a preservar "a Câmara de Vereadores de Curitiba, seu partido político, seus familiares e, principalmente, a sociedade e seus eleitores". O tucano diz também que busca retomar suas atividades empresariais para "tomar real conhecimento dos fatos ocorridos" e que vai esclarecer completamente os fatos noticiados. O afastamento do parlamentar será sem remuneração, e deverá ser votado em plenário na próxima segunda-feira.
Líder do PSDB, o vereador Emerson Prado disse que essa decisão foi tomada em conjunto pelo vereador e pelo partido. "É uma conversa que tivemos com ele ontem [quarta-feira]. O partido pediu que ele se licenciasse", afirma. Prado diz, também, que as irregularidades deverão ser punidas pela legenda, que não descarta a possibilidade de expulsão. "O que nós vimos são coisas que não podem ser negadas, não são apenas suposições", afirma o vereador.
Imagens da RPCTV feitas com câmera escondida mostram servidores da prefeitura de Curitiba usando seu cartão qualidade para simular compras e sacar dinheiro na Mercearia Volkmann, de propriedade do vereador. Para que isso fosse realizado, o vereador cobrava uma taxa de 10% dos servidores e retinha seus cartões. Esse tipo de operação é ilegal. Em uma das reportagens, o próprio vereador aparece falando sobre o esquema, justificando a retenção do cartão para que ele não fosse descoberto "pelo Leão" o que indica também que houve evasão fiscal nessa operação.
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