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A lista de prefeituras que cometeram fraudes na compra de ambulâncias não pára de crescer. A Controladoria-Geral da União (CGU) informou nesta terça-feira ter encontrado irregularidades em mais 14 municípios: do uso de documentos falsificados até superfaturamento e licitações de cartas marcadas. Com isso, sobe para 74 as prefeituras denunciadas. Em muitos casos, os negócios foram fechados com os empresários acusados pela Polícia Federal de comandar a máfia dos sanguessugas.

Um exemplo disso foi a compra feita pela prefeitura de Caracaraí, em Roraima, de ambulâncias e de material para equipá-las. Segundo os técnicos da CGU, o negócio, de R$ 120 mil, foi desmembrado de forma ilegal para que os valores não ultrapassassem R$ 80 mil (neste caso seria necessária a abertura de concorrência pública). As empresas Planam e Frontal, que ganharam os negócios, atuaram em conjunto.

Segundo o Ministério Público Federal, as duas empresas superfaturavam os preços de ambulâncias e equipamentos. A Planam, com ambulâncias, e a Frontal, com equipamentos, disputavam as cartas-convite com empresas fantasmas operadas por laranjas de Medeiros e Vedoin.

Também foram encontradas irregularidades nos municípios de Amaturá, no Amazonas; Santo Antônio do Retiro, Delfinópolis, Igaratinga e São Thomé das Letras, em Minas Gerais; Ibiara, na Paraíba; Betânia do Piauí e São José da Fronteira, no Piauí; Salvador do Sul e Xangri-lá, no Rio Grande do Sul; Pacaembu, Regente Feijó e Salmorão, em São Paulo.

No dia 16, a CGU divulgou relatório apontando suspeita de irregularidade na compra de ambulâncias de 60 municípios. Entre estes municípios, quatro do Rio de Janeiro compraram as ambulâncias em licitações fraudadas pela Planam e outras quatro empresas ligadas ao esquema. As empresas, que têm sócios em comum, disputavam entre si as licitações, numa falsa concorrência.

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