Subiu para sete o número de pessoas do Paraná mortas no trágico acidente com o Airbus 320 da TAM, que se chocou contra o prédio da empresa próximo ao Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Mas o número ainda pode aumentar. O paranaense Gustavo Pereira Rodrigues, 23 anos, de Carambeí, nos Campos Gerais, continua desaparecido. Ele avisou a noiva que teria uma reunião no prédio da TAM Express que foi atingido pela aeronave e até então não manteve contato com a família.
As três novas vítimas nasceram no Paraná, mas moravam há muitos anos em outros estados. Natural de Peabiru, região Centro-Oeste, Zenilda Otília dos Santos, 41 anos, se mudou para São Paulo quando cirança, mas residia com a família em Natal no Rio Grande do Norte, há quatro anos.
Desde o dia 13 de julho, Zenilda, o marido e o casal de filhos, resolveram tirar uns dias de férias. Compraram um pacote de viagem para Gramado, na serra gaúcha. O término do passeio estava marcado para quarta-feira, mas na tarde do dia anterior, a família de Zenilda deixou o grupo de 17 pessoas que viajavam junto e resolveu voltar para casa mais cedo.
Embarcaram então no vôo 3054 da TAM. Iam fazer escala em São Paulo para pegar outro avião com destino a Natal. "A viagem foi interrompida de forma estúpida", comenta muito consternada Elijane Ferreira que trabalhava com Zenilda. Ela, o marido Ivanaldo Cunha, 51, e os filhos Ana Carolina Cunha, 10, e Caio Felipe Cunha, 13, estão na lista dos mortos. Os corpos da família ainda não foram reconhecidos, mas, segundo Antônio Cunha, irmão de Ivanaldo, serão enterrados em São Paulo.
Ivanaldo era empresário, tinha dois postos de gasolina. Zenilda administrava um deles, - o Posto Dois Irmãos, que fica na cidade de Parnamirim, região metropolitana de Natal. "Era uma pessoa muito bacana. Atenciosa", resume Elijane.
Realeza
A história do empresário Emerson Freitag, de 33 anos, é semelhante a de Zenilda. Nascido em Realeza, no Sudoeste do Paraná, Freitag com quatro anos se mudou para a cidade de Ji-Paraná, em Rondônia, onde abriu uma concessionária de carros e outra de motos.
Ele também estava com a família, esposa e um filho de dois anos, de férias em Gramado, mas ao contrário de Zenilda, embarcou sozinho no vôo JJ 3054 da TAM. A família pegou um vôo para Rondônia. Freitag ia para Belo Horizonte participar de uma feira de laticínios. Um irmão e um tio do empresário estão em São Paulo para o reconhecimento do corpo.
Curitiba
O sétimo paranaense morto na explosão do avião da TAM é o consultor de empresas Eduardo Mancia, de 60 anos. Natural de Curitiba, Eduardo morava e trabalhava em Porto Alegre há aproximadamente 30 anos. O advogado viajou de Porto Alegre a São Paulo para atender clientes.
Segundo o irmão Ernani Mancia, advogado, que mora na capital paranaense, Eduardo era casado, pai de quatro filhos e tinha ainda quatro netos. O irmão lembra que encontrou com ele pela última vez em junho, quando o consultor esteve em Curitiba e visitou também os outros dois irmãos. Segundo Ernani, a mulher de Eduardo, Lídia, está em São Paulo aguardando a identificação do corpo.
Além de Zenilda, Freitag e Eduardo Mancia, outras quatro pessoas do Paraná constam na lista de mortos no acidente da TAM. Os curitibanos Roberto Wilson Weiss Júnior, de 38 anos, e Soraya Charara. O empresário e engenheiro nascido em Londrina, Heurico Tomita, de 51 anos, e o auditor contábil José Antonio Lima da Luz, 59, que nasceu no Rio Grande do Sul, mas morava em Londrina. Apenas o corpo do auditor foi reconhecido no Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo. Ele deve ser enterrado nesta sexta-feira em Porto Alegre.
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