A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (30) que não quer "presente de grego" com a aprovação de gastos sem fontes de receita, ao ser perguntada sobre a possível aprovação da Emenda 29, pelo Congresso Nacional. A medida fixa percentuais mínimos a serem investidos em saúde pela União. A declaração foi feita em entrevista a rádios de Pernambuco.
"Não quero que me deem presente de grego. Agora, quero um presente para a saúde, que é o seguinte, quero saber como todos os investimentos necessários para garantir que nosso povo tenha saúde de qualidade, de onde vão sair. O momento da crise internacional não esta propício para que você aprove despesas sem dizer de onde sai recurso", disse.
Dilma lembrou que oferecer saúde de qualidade à população foi um compromisso assumido por ela durante a campanha eleitoral e disse que a aprovação da Emenda 29 não resolve todas as carências do país nessa área. "Se você quer dar saúde de qualidade tem que investir em hospitais, temos que tratar a questão dos médicos", explicou Dilma.
Ontem (29), após reunião do Conselho Político, parlamentares relataram que a presidenta Dilma defendeu ações mais amplas para a área da saúde e não apenas a aprovação da emenda.
Na entrevista, a presidenta assegurou que os gastos com os programas sociais e com obras serão mantidos, mesmo com o anúncio feito ontem pelo governo de elevar a meta de superávit primário em cerca de R$ 10 bilhões. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. "Vamos manter todos os investimentos, o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], o Minha Casa, Minha Vida, as obras da Copa, barragens, e também vamos manter todos os programas sociais".
Em Pernambuco, Dilma participa de eventos em Caruaru e Garanhuns onde assina ordens de serviços para a construção de barragens e de contrato de financiamento do Programa Minha Casa, Minha Vida.
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