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Presidente Lula: manifestação sobre destino do ativista italiano após publicação do acórdão pelo Supremo Tribunal Federal | Roosewelt Pinheiro/ABr
Presidente Lula: manifestação sobre destino do ativista italiano após publicação do acórdão pelo Supremo Tribunal Federal| Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que não vai agir sob pressão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir sobre a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti. Lula minimizou a decisão da corte que abriu uma brecha para que ele seja responsabilizado caso decida manter o terrorista no Brasil.

"Não me importa o que o STF fez. Não dei palpite quando eles decidiram. Não falei nada. Agora, se a bola foi passada para mim, eu decido como vou chutar, se de três dedos, de trivela ou como a Marta (jogadora da seleção feminina de futebol) fez no jogo de ontem (domingo)", disse.

Lula reafirmou que só vai se posicionar depois que o STF publicar o acórdão com o resultado do julgamento do pedido de extradição. A expectativa é de que o texto seja publicado no primeiro semestre do ano que vem.

Segundo o presidente, ele vai esperar a publicação porque neste caso não pode tomar uma decisão pautada pelo "conhecimento popular". "Não peça para falar de um caso que o conhecimento popular não me permite fazer. Nesse caso, só me pronuncio nos autos do processo. Na hora que decidi, mando, por escrito, a decisão."

O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, afirmou na sexta-feira que não está em cogitação a possibilidade de o presidente Lula descumprir o tratado de extradição do terrorista italiano Cesare Battisti.

"Essa é uma hipótese que não se cogita. O Brasil é pleno Estado de direito, uma democracia que está em funcionamento e estamos muito orgulhosos dela. Não temos um histórico de descumprimento de decisões judiciais, da legislação e dos tratados. Se, por acaso, um tratado autorizar providências que impliquem a recusa, não vou falar do caso Cesare Battisti, mas de qualquer extradição, terá de ser feita dentro das balizas estabelecidas na legislação", afirmou.

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