O Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandou soltar mais um dos acusados de envolvimento no roubo ao Banco Central de Fortaleza. Desta vez o beneficiado com hábeas corpus foi o vigilante Deusimar Neves Queiroz. Ele foi o segundo beneficiado pelo STJ em menos de uma semana.
O vigilante foi capturado no dia 6 de outubro do ano passado. Em depoimento à polícia, ele teria revelado sua proximidade com o irmão de Antônio Jussivan Alves dos Santos, o "Alemão", apontado pela Polícia Federal como chefe do bando. Ao ser preso, Deusimar admitiu ter recebido R$ 200 mil da quadrilha. A polícia nega.
Segundo o Superintendente da Polícia Civil José Nival Freire, as informações renderam para Deusimar R$ 2 milhões. A polícia encontrou em Irauçuba, dinheiro, que seria do BC, enterrados no quintal da casa da cunhada do vigilante e dentro de canos de pvc.
Essa medida pode acelerar o processo de soltura de outros acusados. O relator do processo no Supremo Tribunal Federal foi o ministro Paulo Galotti. Ele alegou nos dois habeas corpus que não haveria mais "motivos concretos" para a manutenção das prisões e que os acusados não ofereceriam mais "perigo para a ordem pública".
A Justiça Federal mantém toda a investigação em sigilo. O juiz Danilo Fontenele, responsável pelo caso, informou que a quadrilha é perigosa e coloca em risco pessoas que não estariam envolvidas no caso. De agosto do ano passado até abril deste ano os familiares de cinco acusados foram seqüestrados.
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