A Sub-Relatoria de Contratos da CPI dos Correios pretende ouvir nesta terça-feira cinco depoimentos relacionados à empresa Skymaster, acusada de fraude em licitações do correio aéreo noturno. Esta é a única atividade marcada no Congresso Nacional para esta terceira semana de convocação extraordinária. O orçamento para 2006 só voltará a ser discutido no próximo dia 17 e as sessões do Conselho de Ética, sobre os processos contra os supostos envolvidos no mensalão só retornam no próximo dia 9 de janeiro.
O primeiro a prestar esclarescimentos nesta semana será o advogado Marcus Valerius Pinto Pinheiro de Macedo, suposto funcionário da Skymaster. Ele foi citado pelo segurança Francisco Marques Carioca, da empresa Cortez Câmbio e Turismo, que confirmou ter feito 27 saques no valor total de R$ 1,036 milhão das contas da Skymaster, entre fevereiro de 2000 e julho de 2001, a pedido do suposto advogado. A Cortez realizava operações de câmbio para a Skymaster em Manaus. A Skymaster nega que o advogado seja seu empregado.
O sub-relator de Contratos, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), suspeita que a Skymaster tenha utilizado o dinheiro para pagar propina. Cardozo lembrou que, no dia 26 de junho de 2001, véspera de um dos saques, a empresa aérea foi contratada pelos Correios com dispensa de licitação.
Ainda nesta terça-feira, Francisco Marques Carioca voltará a depor a partir das 10h30m. Ao meio-dia, está previsto o depoimento de Reginaldo Reges Menezes Fernandes, funcionário da Skymaster. Às 13h30m, será ouvido Éder Jouber Ribeiro Cabo Verde, que também é funcionário da empresa aérea. Os dois serão questionados sobre a remessa de dinheiro da Skymaster para o exterior.
O último depoimento agendado para terça é o de Carlos Alberto Taveira Cortez, sócio da Cortez Câmbio e Turismo. Ele está preso desde agosto so ano passado por uma ação da Polícia Federal contra doleiros. O depoimento de Cortez está marcado para as 15h.
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