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De 12 deputados estaduais ouvidos ontem pela reportagem, apenas Tadeu Veneri (PT) disse que não vai receber os R$ 19 mil aos quais os parlamentares têm direito pela convocação extraordinária. O tucano Valdir Rossoni disse que vai receber, mas doar o dinheiro para uma instituição de União da Vitória.

Assumido – Metade dos parlamentares consultados ontem declarou, sem constrangimento, que vai receber os R$ 19 mil. "Vou receber e pagar as duas pensões alimentícias que tenho. Acho que existem assuntos mais importantes a serem discutidos", disse o petista André Vargas. O deputado José Domingos Scarpellini (PSB) também assumiu: "Já recebi e já gastei". O mesmo declarou Ângelo Vanhoni (PT). "Vou receber e usar o dinheiro."

Regra – Os deputados alegam que o pagamento é previsto pelo regimento da Assembléia, ou seja, é um direito de cada parlamentar."Vou receber o dinheiro pois é uma prerrogativa e tenho despesas para pagar. Não fui eu que fiz o regimento", disse Barbosa Neto (PDT). Elza Corrêa (PMDB) concorda. "Ainda não peguei o cheque, mas o próprio candidato que se opôs falou que é legal e constitucional. Sou transparente e vou receber", disse ela.

É meu – Dois peemedebistas discordam sobre a doação do dinheiro extra. "A convocação de janeiro é extraordinária. Por isso, é legal o recebimento. Não sou hipócrita de falar em doação", afirmou Caíto Quintana. Mauro Moraes já tem um discurso diferente: "Se está na Constituição, é lícito o deputado receber. Eu não recebi ainda, mas se decidir receber, vou pensar em doar." Rafael Greca (PMDB), Francisco Bührer (PSDB) e Marcos Isfer (PPS) não quiseram comentar o assunto.

Doação – O deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB) estava indignado ontem com a aprovação de uma lei pela Assembléia Legislativa que dá poderes ao governo do Paraná para fazer doações de terrenos do estado a municípios sem a consulta e aprovação do Legislativo. "Se houver um secretário politiqueiro, faz disso sua moeda de troca."

Rixa – Dois deputados federais eleitos do Paraná estão medindo forças antes mesmo da posse. São André Vargas (PT) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB). O primeiro está fazendo campanha para Aldo Rebelo (PC do B) para a presidência da Câmara Federal. O segundo, para Arlindo Chinaglia (PT). "Esse garoto, o Rodrigo, vai levar uma lavada. Já tenho, na bancada paranaense, 17 votos dos 30 parlamentares", disse Vargas.

Chico Anysio – O procurador-geral do Paraná, Sérgio Botto de Lacerda, aproveitou ontem uma rápida saída do governador Roberto Requião na Escola de Governo para fazer piada. Ele disse que a nova lei de licitações será estudada pelos servidores, "mas não nessa Escolinha do Professor Raymundo".

PMDB – O recém-eleito deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli reforçou ontem que irá tentar ser o novo secretário-geral nacional do partido. "O Paraná tem a segunda maior bancada do partido na Câmara e merece ser mais representado", disse. Ele não escondeu o interesse de chegar ao posto para defender, no futuro, a candidatura a presidente de Requião. A eleição do novo diretório nacional do PMDB ocorre em março.

Cancelado – A versão on-line do jornal venezuelano El Universal, de Caracas, informou ontem que o presidente Hugo Chávez não vem para Curitiba durante sua visita ao Brasil nesta semana. O jornal só cometeu, porém, um equívoco geográfico. Segundo o El Universal, Chávez "descartou uma visita a Curitiba, no estado de Pernambuco, onde seu amigo, o governador Roberto Requião, foi reeleito nas eleições de outubro".

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Pinga fogo

Para assumir a Secretaria de Estado do Trabalho, o petista André Vargas teria de deixar a presidência do PT estadual ••• Para seu lugar, ou fica o vice-presidente, Zeno Minuzo, ou haverá nova eleição ••• Nesse caso, o nome mais cotado para o cargo é o de Gleisi Hoffmann ••• O PMDB de Curitiba chegou a duas conclusões esta semana ••• Uma é a de que até setembro escolhe o nome do candidato do partido à prefeitura de Curitiba ••• A outra, de que o ex-governador Jaime Lerner (PSB) quer continuar administrando a cidade, mesmo que indiretamente ••• Eles acreditam que Lerner que ser ouvido sobre o município em todos os assuntos e, por isso, criticou o metrô.

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