A deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP) reagiu, nesta quinta-feira, à decisão do PT de representar contra ela no Conselho de Ética da Câmara por ter se referido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "bandidão", em convenção do PSDB em São Paulo há duas semanas. O PT considerou que a deputada quebrou o decoro parlamentar.
Surpresa com a decisão, Zulaiê reclamou do tratamento desigual, lembrando que o líder de seu próprio partido no Senado, Arthur Virgílio (AM), chamou o presidente de "idiota" e o PT não representou contra ele. A tucana disse ainda que não agrediu o presidente como pessoa e que a palavra "bandidão" foi tirada do contexto de seu discurso.
- O outro chamou o presidente de corrupto, idiota, e ninguém representou contra ele. Bandidão é uma palavra aberta que você fala assim... Eles pinçaram essa palavra do meu discurso, descontextualizaram. Eu fiz um discurso, tenho imunidade parlamentar, o presidente é governo e eu sou oposição. Falei no local adequado, dentro da convenção do PSDB, no exercício do meu mandato. Eu não agredi ele como pessoa, a discussão é política - protestou.
Zulaiê disse que esse tipo de discurso é comum para quem está fazendo política e garantiu que não está com medo de responder a processo.
- Eu não temo nada porque isso é política. Ou eu vim aqui para brincar de casinha? Eu sou mulher, mas estou fazendo política - disse a deputada, acrescentou:
- Eu queria que Lula viesse aqui na Câmara e eu diria, Lula, você não é bandidão não.
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