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A cidade de São Paulo funciona normalmente nesta quinta-feira e todos os terminais de ônibus estão abertos, mas boatos e mais seis ônibus incendiados voltaram a alterar a rotina da cidade na noite desta quarta-feira. Algumas faculdades dispensaram alunos mais cedo, preocupadas com uma possível falta de condução para que fossem para casa. Desde o início da noite de ontem até a madrugada desta quinta-feira cinco ônibus e um microônibus foram queimados na capital. Um ônibus foi incendiado em Mauá, na Grande São Paulo, e outro em Guaratinguetá, no interior. Ninguém ficou ferido.

A maior dos ataques a ônibus ocorreu na zona sul, na região do Jardim Ângela, onde 5 veículos foram incendiados. O sexto foi incendiado no Jardim Japão, na zona norte. Em Mauá, na região do ABC, dois homens encapuzados e armados com uma pistola incendiaram um ônibus. O motorista foi obrigado a levar o veículo até uma rua menos movimentada. Os bandidos jogaram gasolina, atearam fogo e fugiram. Ninguém ficou ferido.

Como as pessoas ainda estão muito assustadas com a onda de violência que tomou conta do estado nos últimos dias, o clima é favorável para que as histórias ganhem força e espalhem o medo.

Nesta quarta-feira, o boato era de que parentes de Marcos Camacho, o Marcola, chefe do crime organizado, tinham sido mortos e, por isso, haveria novos ataques. A mesma história se espalhou na capital e no interior do estado.

Entre a noite de ontem e a madrugada desta quinta também ocorreram tentativas de ataques à bases da polícia. Por volta de meia-noite, a polícia recebeu informação de que haveria ataque à delegacia perto da favela de Heliópolis. Os policiais invadiram a favela. Três pessoas morreram. Com elas foi encontrado um arsenal de armas e munições, como um fuzil AR-15, bombas de fabricação caseira e uma granada.

Na Penha, dois homens numa moto atiraram de cima de um viaduto contra o prédio de uma delegacia. Em seguida, fugiram. Ninguém se feriu.

Em Guarulhos, dois motoqueiros que mandaram faculdades encerrarem as aulas foram mortos em confronto com a polícia. Um terceiro homem foi morto depois de trocar tiros com a polícia e a suspeita é que ele também faria um ataque a uma delegacia.

Em Osasco, uma quadrilha tentou invadir um batalhão da Polícia Militar em Osasco, na Grande São Paulo. Um dos criminosos foi baleado. Na favela do Limpão, uma viatura da polícia foi alvejada quando fazia a ronda.

No início da noite, a Secretaria de Segurança Pública havia emitido alerta para que as delegacias e bases policiais reforçassem a segurança. Na capital, a polícia removeu as bases da PM de vários locais da cidade. Foi uma forma de concentrar os policiais em determinadas áreas para reforçar a segurança nas delegacias.

A noite foi de tensão nas delegacias e bases policiais a cada carro que se aproximava.

Em Campinas, dois homens que fariam ataque a uma delegacia foram mortos. Um suspeito de ser o mandante foi preso. O nome dele é Everson Pereira da Silva, preso com submetralhadoras e coletes à prova de bala.

Em Valinhos, na região de Campinas, uma bomba explodiu no colo de um motoqueiro que estava na garupa de uma moto. O artefato seria usado num atentado à delegacia. Um deles ficou gravemente ferido pelos estilhaços. Nenhum deles tinha passagem anterior pela polícia.

Em São Sebastião, homens invadiram e incendiaram máquinas e depósito de papel de um jornal local. Um jornalista ficou ferido. A manchete do jornal era 'Medo volta a cancelar aulas'.

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