Contrários ao aumento nas tarifas de ônibus, o Movimento Passe Livre (MPL) e o Tarifa Zero marcaram manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, nesta sexta-feira. A maior delas deve acontecer na capital paulista, marcada para às 17h pelo Movimento Passe Livre (MPL), com ponto de encontro em frente ao Theatro Municipal, no centro. Até o início da manhã desta sexta-feira, 47,6 mil pessoas tinham confirmado presença ao ato pelas redes sociais. Em São Paulo, as passagens dos ônibus, metrô e trem subiram de R$ 3 para R$ 3,50 na terça-feira.

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O MPL comandou as jornadas de protesto de junho de 2013. Desta vez, a estratégia é aumentar o engajamento de militantes antes de uma convocação para um grande ato unificado no país. Desde junho do ano passado, o grupo reforçou a mobilização nas regiões periféricas das capitais e em cidades das regiões metropolitanas. O movimento que prega gratuidade nos transportes, entretanto, diz que em 2015 será diferente de dois anos atrás.

Em Belo Horizonte, o protesto está marcado também para o fim da tarde, na Praça Sete de Setembro. No dia 29 de dezembro, as tarifas de ônibus municipais passaram de R$ 2,85 para R$ 3,10. O ato, convocado pelo Tarifa Zero, tem 8 mil pessoas confirmadas no Facebook. "O aumento exclui a população mais pobre do acesso à cidade, além de aumentar o número de veículos nas ruas, já que as pessoas deixam de usar os ônibus e passam a andar de moto ou de carro", dizem os organizadores na página criada no Facebook.

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No Rio, os protestos já começaram. Na última segunda-feira, um grupo de 300 pessoas participou de uma passeata até a Cinelândia para pedir a revogação do aumento das passagens. Nesta sexta-feira, outro ato também está marcado para as 17h na Cinelândia, que pedirá, além do fim do reajuste, a libertação de ativistas presos em manifestações.

Os aumentos no Rio foram questionados pelo Ministério Público (MP). De acordo com o MP, o índice de 13,3% está acima do que foi acordado com as empresas de ônibus. A passagem no Rio subiu de R$ 3,00 para R$ 3,40. A promotoria defende uma tarifa de R$ 3,20.