George W.Bush terá em São Paulo o maior esquema de segurança já montado no país para a visita de um presidente dos Estados Unidos. Pelo menos 400 agentes e policiais federais estarão envolvidos na operação, sem contar os homens do serviço secreto americano, que chegam a 300. Foram trazidos 12 furgões blindados, armamentos e até uma unidade médica móvel. Uma limusine blindada será trazida para os deslocamentos de Bush por terra. Até a água e a comida da comitiva vieram dos EUA.
A circulação do presidente americano pela cidade deverá provocar interdições e interrupções momentâneas do trânsito nos trajetos. No Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, o espaço aéreo deve ficar fechado num raio de mil quilômetros enquanto o Air Force One, avião oficial de Bush, pousar e decolar.
Por motivo de segurança, o horário previsto da chegada não é informado. Convidados, assessores e membros do staff que vão ao primeiro beija-mão, ainda no aeroporto, terão de chegar no início da noite no aeroporto e se submeter a uma varredura com detectores de metal, além de revista pessoal.
Bush deverá seguir de helicóptero - também vindo dos EUA - até um hotel na zona sul. Ele deve ficar hospedado no Hilton, no bairro do Brooklin. Mas há reservas também no Hyatt e no Meliá para a comitiva, que inclui sua mulher Laura e a secretária de Estado, Condoleezza Rice. O Hilton vai fechar nos dois dias da visita as áreas abertas, freqüentadas por não-hóspedes do hotel, como a academia de ginástica. As ruas no entorno dos hotéis também serão bloqueadas. Todos os funcionários desses hotéis foram investigados pela Polícia Federal.
A previsão é de que haverá pelo menos cinco deslocamentos do presidente americano por São Paulo, o que provocará o bloqueio momentâneo do trânsito em alguns pontos, durante o a passagem do 'cortejo'. Batedores vão acompanhar a comitiva e abrir caminho.
Se, por algum motivo, o trajeto de Bush entre o aeroporto e o hotel tiver se ser feito de carro, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está preparada para fechar as pistas locais das marginais Tietê e Pinheiros. Sempre que Bush sair em sua limusine, o tráfego nas vias por onde ela passar deverá ser interrompido.
Bush vai se encontrar com o presidente Lula, na sexta-feira, no terminal da Transpetro em Guarulhos, a cerca de 35 km da capital. os dois presidentes vão assinar acordos na área de combustíveis. O presidente americano vai visitar o terminal e falar sobre o uso de novas tecnologias de combustível. Bush também vai visitar a ONG Meninos do Morumbi, que cuida de famílias carentes, na favela Paraisópolis.
Pelo menos 60 entidades estão se articulando para promover protestos contra o presidente americano. Elas esperam reunir cerca de 10 mil pessoas nas ruas de São Paulo para gritar "Fora Bush". Pichações já estão previstas. Como a viagem está cercada de sigilo, essas entidades devem espalhar manifestantes nos possíveis trajetos do presidente americano. Na quinta-feira à tarde haverá um ato no Masp. A segurança de Bush vai tentar mantê-lo o mais afastado possível das manifestações.
Na sexta-feira, Bush deixa a cidade com destino do Uruguai.
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