Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) livraram nesta quinta-feira (13) o ex-assessor parlamentar do PP João Cláudio Genu da condenação imposta pelo crime por lavagem de dinheiro. Por 6 votos a 3, a Corte entendeu que o ex-assessor era um mero intermediário do esquema de recebimento de recursos do esquema do mensalão. Pouco antes, o tribunal havia isentado o ex-deputado João Paulo Cunha (PT-SP) pelo mesmo crime.
Com o novo resultado, Genu ficará sem qualquer punição no julgamento. Antes ele havia sido condenado a três anos e seis meses por lavagem de dinheiro, alterada anteriormente para uma pena alternativa.
Votaram pela absolvição de Genu os ministros Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki, Dias Toffoli, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e o presidente em exercício do Supremo, Ricardo Lewandowski. Votaram pela condenação os ministros Luiz Fux, relator dos recursos, Cármen Lúcia e Celso de Mello. Nesse julgamento, não participaram os ministros Gilmar Mendes e o presidente da Corte, Joaquim Barbosa.
O ministro Luís Roberto Barroso, que abriu a divergência, disse que Genu era um "mero intermediário" do esquema que envolvia o PP. "O tribunal reconheceu que ele era um mero intermediário e aqui não foi feito prova convincente que ele tivesse participado do esquema de lavagem e conhecimento do esquema de ilicitude", afirmou.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Enquete: como o Brasil deve responder ao boicote de empresas francesas à carne do Mercosul?
“Esmeralda Bahia” será extraditada dos EUA ao Brasil após 9 anos de disputa