Lewandowski: futuro presidente do Supremo| Foto: Carlos Humberto/SCO/STF

Líder da equipe que encontrou falhas de segurança nas urnas eletrônicas brasileiras em 2012, o professor do curso de Ciência da Computação da Universidade de Campinas Diego Aranha arrecadou mais de R$ 40 mil para a criação do ‘Você Fiscal’, um aplicativo para celulares que vai fiscalizar as eleições deste ano. O programa será usado para detectar qualquer tentativa de fraude ou erro na etapa final da eleição, o processo chamado totalização, que envolve a soma dos resultados parciais produzidos por urnas eletrônicas em todo o país. O dinheiro foi captado no Catarse, um site de financiamento coletivo.

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Ao final da sessão, Lewandowski evitou polemizar sobre a última decisão de Barbosa de marcar para ontem a eleição. "Não se cogitou isso [realização da eleição], apenas se discutiu que não seria conveniente tendo em conta a ausência de dois importantes e prestigiados ministros da Corte", afirmou, questionado se a eleição ontem poderia ferir o regimento do tribunal. Estiveram ausentes na sessão de ontem, que marcou o retorno dos trabalhos do Judiciário após o recesso, os ministros Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.

Regras

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Pelo regimento interno do STF, há prazo de duas sessões ordinárias de vacância entre a saída do presidente e a escolha do sucessor. Como a aposentadoria de Barbosa foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial, a escolha do novo presidente deve ser jogada para o dia 13 de agosto. O ministro Marco Aurélio de Mello, ao final da sessão, destacou que os ministros foram "surpreendidos" com a data marcada por Barbosa. "E se a aposentadoria dele não passasse?", questionou. "Ortodoxamente, segundo o regimento, se dará no dia 13 de agosto", completou Marco Aurélio.

A decisão a respeito da data da votação não foi tomada em plenário. O assunto sequer foi tema de discussão na sessão de ontem. Nos bastidores, os ministros criticam a medida de Barbosa, que estaria em desacordo com o regimento.

Para o ministro Marco Aurélio, a expectativa é de que, quando Lewandowski for eleito, seja mantido amplo diálogo com os ministros. Em tom de brincadeira, Marco Aurélio disse que o futuro presidente indica ter vocação para ser "algodão entre cristais". "Nosso ministro Joaquim Barbosa não era algodão entre cristais", disse Marco Aurélio, que completou: "Era aço".