Em decisão unânime, o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou nesta quinta-feira (28) inquérito que apurava suposto envolvimento do deputado federal Mário Negromonte (PP-BA) nos crimes investigados pela Operação Sanguessuga, da Polícia Federal (PF), que desmontou uma quadrilha acusada de fraudar licitações para a compra superfaturada de ambulâncias com recursos públicos. A decisão é definitiva.
Os ministros acolheram os argumentos do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Ele se pronunciou pelo arquivamento do processo por entender que não havia base para a denúncia contra o parlamentar.
O inquérito para investigar o deputado tinha sido aberto a pedido do próprio Antonio Fernando. No entanto, após o resultado das investigações da PF, ele chegou à conclusão que não havia evidências da participação do deputado no esquema.
"Não há substrato mínimo que indique a participação do deputado federal nos fatos apurados", disse o procurador, no parecer.
Ramificações
A Operação Sanguessuga foi deflagrada pela PF em maio de 2006, após investigação do Ministério Público no Mato Grosso. O esquema teria ramificações em prefeituras, associação de municípios, empresas de fachada, no Ministério da Saúde e no Congresso Nacional.
Segundo as investigações, parlamentares aprovariam emendas para favorecer empresas que superfaturavam o preço de ambulâncias.
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