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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes arquivou na última sexta-feira um inquérito contra o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele era investigado por participar de um suposto esquema de pagamentos a integrantes do Ministério Público e do Poder Judiciário quando foi prefeito de Nova Iguaçu (RJ).As investigações começaram em 2008, após ser divulgado um encontro em que Jaime Ferreira, um ex-assessor de Lindbergh, levou R$ 150 mil para a casa do empresário Murillo Rego.

Na ocasião, Ferreira conversou com a mulher do empresário, Rogéria Beber. A conversa foi gravada e ele citou a possibilidade de um desembargador atuar para favorecer Lindbergh em processos judiciais.

Apesar da gravação, o Ministério Público diz que, ao longo das investigações, não foi capaz de encontrar provas que viabilizassem a apresentação de uma denúncia. Por isso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu o arquivamento do inquérito contra Lindbergh.

Em seu parecer, ele diz que "efetivamente, pairam no ar elementos que denotam eventuais participações espúrias de autoridades" no caso. Mas, o Ministério Público não encontrou "meio razoáveis para investigar fatos que aconteceram há muito tempo e (...) certamente praticado às escondidas, como normalmente ocorre em crimes".

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