O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski, relator do processo da Operação Lava Jato, arquivou nesta sexta-feira (19) investigação contra o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves. O tucano passou a ser investigado a partir de depoimento de Carlos Alexandre Rocha, conhecido como Ceará, e que trabalhava para o doleiro Alberto Yousseff na entrega de dinheiro.
Ceará afirmou ter entregue R$ 300 mil na sede da UTC, no Rio. Ao entregar os recursos a Antonio Carlos D´Agosto Miranda, executivo da empresa, Ceará disse em depoimento que ouviu que o dinheiro teria como destino final Aécio Neves.
“São acusações que surgem do nada com o objetivo de desviar o foco e colocar uma nuvem de dúvidas sobre a oposição que nada tem a ver com a organização criminosa que tomou conta do Brasil”, disse Aécio ao Globo, logo após ser avisado da decisão do STF por seus advogados.
Para o tucano, o envolvimento de seu nome na Lava Jato é uma tentativa “torpe” de vincular nomes da oposição ao esquema de distribuição de propinas da Petrobras. Citou como outros dois exemplos os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que também foram citados como recebedores de recursos ilegais, mas tiveram as ações arquivadas pelo Supremo.
“A Lava Jato é responsabilidade do governo e do PT. Não adianta eles tentarem empurrar para cima da gente. Essa tentativa não será a última, mas uma a uma, essas tentativas de nos misturar com eles estão ruindo porque são acusações falsas”, afirmou o tucano.
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