O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de cinco dias para o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) apresentar defesa na ação em que é réu na Corte.
Ele também definiu que o peemedebista será ouvido no caso somente após o fim das investigações. O despacho de Teori é do dia 7, mas o prazo começa a contar somente após a notificação do réu, o que ainda não aconteceu.
Em março, o STF aceitou a denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República contra Cunha. Na semana passada, a Corte rejeitou o recurso impetrado pela defesa do peemedebista e abriu formalmente a ação penal contra ele e a ex-deputada Solange Almeida (PMDB-RJ), atual prefeita de Rio Bonito.
Neste inquérito, Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões em propina de um contrato de navios-sonda da Petrobras. O peemedebista responde a pelo menos outros cinco processos no STF tanto por conta da sua ligação com a Lava Jato quanto do seu papel no grupo que teria atuado para desviar receitas de Furnas.
A Procuradoria-Geral da República também encaminhou ao STF um pedido de prisão contra o peemedebista, por considerar que mesmo afastado do mandato de deputado, ele continua interferindo no andamento das investigações e no Conselho de Ética da Câmara. O pedido ainda precisa ser analisado por Teori, mas nesta quinta-feira (9) Cunha pediu ao STF para apresentar sua defesa antes de a Corte tomar a decisão.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião