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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cezar Peluso deu prazo de cinco dias para que o governo italiano se manifeste sobre o pedido de liberdade feito pela defesa de Cesare Battisti.

Peluzo explicou em seu desapcho que o STF não pode deixar de analisar o pedido de liberdade do ex-ativista de esquerda, já que o caso não foi resolvido. Batttisti conseguiu refúgio político do Brasil, o que lhe garante não ser extradidatoa para a Itália, mas ainda está preso, em Brasília.

Batttisti foi condenado na Itália por assassinatos cometidos na década de 1970. Ele sempre negou a autoria dos crimes.

Peluso considerou as diversas decisões tomadas, como o refúgio dado pelo governo brasileiro, a decisão do presidente Gilmar Mendes e o pedido de análise do caso feito pelo governo italiano.

No documento, o ministro pede ainda a cópia da decisão do Comitê Nacional para os Refugiados, que negou o pedido refúgio de Battisti.

Comissão Europeia

A Comissão Europeia indicou nesta quinta-feira (29) quenão tem competência para intervir na disputa entre o Brasil e a Itália em função do caso de asilo político concedido pelas autoridades brasileiras ao ex-ativista italiano Cesare Battisti.

"Podemos dizer que a Comissão Europeia não tem competência para intervir na questão bilateral de extradição entre Brasil e Itália", afirmou Michele Cercone, porta-voz para questões de Justiça e Segurança de Bruxelas, ao ser consultado sobre uma possível ação europeia.

Em 13 de janeiro, o Brasil concedeu asilo político a Battisti, ex-chefe do grupo "Proletários Armados pelo Comunismo" e condenado em 1993 pela justiça italiana à prisão perpétua por quatro assassinatos cometidos anos 1970.

O caso

Isso fez a Itália decidir esta semana chamar para consultas seu embaixador no Brasil.

"Depois da grave decisão tomada no caso Battisti pelo procurador-geral (do Brasil), o ministro das Relações Exteriores, Franco Frattini, decidiu chamar para consultas em Roma o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise", informou a chancelaria em comunicado.

"Battisti é um terroristas que não merece em absoluto o estatuto de refugiado político", enfatizou Frattini.

Em telefonema ao colega brasileiro Celso Amorim, Frattini exigiu novamente a extradição daquele que foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homicídios cometidos no final da década de 70.

O caso está, agora, em mãos do Supremo Tribunal Federal (STF), cujo presidente retornará do recesso no dia 2 de fevereiro.

A decisão de conceder asilo provocou indignação na Itália, tanto por parte das autoridades políticas como das famílias das vítimas.

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