Um recurso do publicitário Cristiano Paz, condenado por envolvimento no mensalão, levará ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) a discussão sobre a existência ou não dos chamados embargos infringentes. O recurso permitiria que alguns dos réus fossem julgados novamente. Relator do processo, o ministro Joaquim Barbosa rejeitou a possibilidade de réus recorrerem aos embargos infringentes. Em decisão nesta semana, Barbosa afirmou que uma mudança na legislação extinguiu a possibilidade de embargos infringentes, mesmo que ainda estejam previstos no Regimento Interno.

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Do total de 25 condenados, 11 podem pedir novo julgamento. Apesar de condenados, eles tiveram os votos de quatro ministros em favor da absolvição. Paz havia pedido ao STF a duplicação do prazo para os embargos infringentes, uma vez que a Corte aceitou dobrar o tempo para os declaratórios (usados para contestar omissões, contradições ou obscuridades no julgamento).

O presidente do STF rejeitou o pedido, argumentando que os embargos infringentes não deveriam sequer ser admitidos. O advogado do publicitário, Castellar Modesto, afirmou que o regimento do tribunal assegura a possibilidade do recurso. "Não houve a extinção dos embargos infringentes, tal como preceituado pelo eminente ministro-relator", afirmou. O recurso terá de ser julgado em plenário.

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