O Superior Tribunal Federal (STF) determinou a remessa do processo contra o ex-senador Clésio Andrade (PMDB-MG) relativo ao chamado mensalão mineiro ou mensalão tucano à Justiça mineira. O caso foi desmembrado de ação que tramita na 9ª Vara Criminal do Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, quando o peemedebista assumiu no Senado a vaga de Eliseu Resende (DEM-MG) morto em janeiro de 2011, mas o STF declinou competência para julgar a ação com a renúncia de Clésio em julho passado.

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O processo contra o ex-senador ainda está na fase de depoimentos de testemunhas, assim como a ação que já tramita na 9ª Vara Criminal. Esta última tem oito réus, incluindo o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e seus ex-sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, já condenados por envolvimento no mensalão federal. Segundo a acusação, os acusados no mensalão mineiro participaram de esquema de desvio de recursos de estatais de Minas para financiar a campanha à reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo do Estado em 1998.

No fim de setembro, Clésio foi ainda alvo de mandado de condução coercitiva para depor em investigação sobre o desvio de pelo menos R$ 20 milhões do Serviço Social do Transporte e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, em Brasília e em Minas Gerais. Ele chegou a se licenciar da presidência da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

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A polícia executou mandado de busca e apreensão na residência do ex-senador em Belo Horizonte, mas ele não foi encontrado. No entanto, o peemedebista se apresentou depois ao Ministério Público para ser ouvido. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria do ex-senador até o início da noite desta sexta-feira.