21 anos de prisão foi a condenação do banqueiro Edemar Cid Ferreira, controlador do Banco Santos, por crimes como gestão fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele recorreu da sentença e continua em liberdade.
Chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito que investiga suspeita de que o senador José Sarney (PMDB-AP) teria recebido informação privilegiada antes de resgatar R$ 2 milhões aplicados em fundos do Banco Santos um dia antes de o Banco Central decretar intervenção na instituição financeira, em novembro de 2004. Ele responde por crime contra o mercado de capitais. O inquérito estava na Justiça Federal, mas foi transferido para o STF na última segunda-feira porque, como parlamentar, Sarney tem direito ao foro especial.
O relator do caso é o ministro Dias Toffoli. Na quinta-feira, ele enviou os autos para a Procuradoria-Geral da República, que dará um parecer sobre o assunto. Se opinar pela continuidade das investigações, o órgão poderá pedir diligências, como o depoimento do acusado e o pedido de informações a outras instituições para esclarecer melhor os fatos.
A ação que apura se o banqueiro Edemar Cid Ferreira cometeu crimes contra o sistema financeiro no Banco Santos tramitou na 6.ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo. O banqueiro já foi condenado a 21 anos de prisão por crimes como gestão fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas recorreu da sentença e continua em liberdade.
A parte da investigação contra Sarney foi proposta pelo Ministério Público Federal em São Paulo. Um dos indícios de que Sarney teria tido acesso a informações privilegiadas é a amizade próxima do senador com Edemar Cid Ferreira. Segundo testemunhas, o próprio banqueiro teria aconselhado o resgate do dinheiro.
Sarney já declarou que não teve informações privilegiadas e que isso foi referendando pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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