Ministro do STF manda investigar vazamento de informações de Operação Hurricane
O ministro Cezar Peluso, relator das investigações que vieram à tona com a Operação Hurricane, determinou abertura de inquérito para apurar o vazamento de informações referentes ao inquérito sobre o assunto que tramita em segredo de justiça no Supremo Tribunal Federal (STF). As apurações sobre a origem do vazamento serão conduzidas pela Polícia Federal. Peluso não chega a acusar diretamente os advogados da quebra de sigilo. Mas pondera que as informações foram estampadas na imprensa exatamente no dia em que a defesa dos suspeitos teve acesso aos autos.
Furacão Ministro suspeito pede afastamento do STJ por 28 dias
O ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pediu afastamento do tribunal por 28 dias alegando problemas de saúde. A Operação Furacão suspeita que o ministro vendeu uma liminar por R$ 1 milhão para favorecer donos de casa de bingos.
A PF cogitou pedir a prisão do ministro juntamente com os outros 25 suspeitos, mas descartou a hipótese porque haveria resistências do Judiciário. A junta médica já autorizou a licença que se encerra no dia 18 de maio.
Virgílio Medina, irmão do ministro, está entre os presos pela operação. Ele é apontado no inquérito da PF como lobista da máfia dos caça níqueis nos tribunais. Virgílio foi um dos advogados da ação que motivou a liminar concedida pelo seu irmão liberando 900 máquinas caça níqueis apreendidas no Rio de Janeiro. A liminar teria sido "vendida" para a quadrilha pelo ministro.
Quinta-feira, o STJ pediu informações ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações sobre o caso para se manifestar a respeito do ministro. Medina também se reuniu ontem com outros ministros para explicar as denúncias. Na ocasião, disse por meio do advogado que não iria se afastar.
As investigações também descobriram que Virgílio emprestou para o irmão R$ 440 mil. O advogado do ministro disse que o dinheiro foi para a compra de um apartamento e que consta da declaração do Imposto de Renda do ministro.
O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado a soltura de três desembargadores e do procurador regional da República que estavam presos desde o dia 13, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A decisão foi consequência do desmembramento do processo. Os demais 21 bicheiros, policiais e advogados presos pela Operação Hurricane - que não têm foro privilegiado - continuarão atrás das grades e o processo será conduzido pela 6ª Vara da Justiça Federal, no Rio, que decretou a prisão preventiva do grupo. Peluso negou ainda o pedido de prisão preventiva do ministro Paulo Medina, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), acusado de envolvimento com o esquema de venda de decisões judiciais montado por bicheiros.
No início da noite de sábado, os desembargadores José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduardo Carreira Alvim e o procurador regional João Sérgio Leal deixaram a cadeia. O juiz Ernesto Dória, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, não foi liberado por ter sido preso, em flagrante, também por porte ilegal de arma. Seu advogado já informou, no entanto, que vai pedir o relaxamento da prisão de seu cliente.
- O flagrante sobre a posse ilegal de armas está no Rio. Infelizmente teremos que esperar até segunda feira para pedir o relaxamento da prisão provisória dele - informou o advogado Cleber Lopes de Oliveira.
PF procura três tesoureiros de bicheiros presos
A PF está a procura de três homens acusados de atuar como tesoureiros dos bicheiros Antonio Petrus khalil, Ailton Guimarães e Anísio Abrahão David, que tiveram a prisão preventiva decretada neste sábado pela Justiça federal e estariam com um total de US$ 15 milhões. A PF já considera que estão foragidos Marcelo Khalil, filho de Turcão; João Oliveira, o Joca, ligado a Anísio; e Nagib Teixeira Sauid, tesoureiro do capitão Guimarães.
Com base no resultado de mais de um ano de investigações do serviço de inteligência da PF, o procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, denunciou os 25 magistrados, bicheiros, policiais advogados e o ministro Paulo Medina ao STF na sexta-feira. O procurador também solicitou a prisão preventiva de todos, inclusive de Medina, que pediu licença de 28 dias para tratamento de saúde . Segundo o procurador, são fartos os indícios de envolvimento de Medina com o esquema de venda de decisões judiciais e de informações privilegiadas para donos de casas de bingo.
- É lamentável que o procurador-geral da República apresente uma denúncia contra o ministro sem que tenha sido dado a ele o mínimo direito de se defender. É inaceitável - afirmou Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado do ministro, que começou a ser investigado após descoberta gravação telefônica na qual o irmão do desembargador, Virgílio, negocia a venda de uma liminar em favor dos bingos, por R$1 milhão.
Paulo Medina e os desembargadores José Eduardo Carreira Alvim, ex-presidente do Tribunal Regional Federal no Rio; Ernesto Dória; e Ricardo Regueira, da Justiça Federal do Rio, deverão responder por formação de quadrilha, corrupção passiva e prevaricação.
Ex-chefe da Polícia Civil também teria pedido 'ajuda aos amigos'
O assessor especial do ministro da Justiça, Tarso Genro, e ex-chefe de Polícia Civil do Rio no governo Benedita da Silva, delegado Zaqueu Teixeira, filiado ao PT, é citado nas investigações da PF . Numa ligação interceptada, um homem identificado como Lula diz ao policial civil Marcos Antônio dos Santos Bretas, preso sob a acusação de ser o operador da máfia dos caça-níqueis, que "o doutor Zaqueu está descapitalizado para a campanha" e que teria pedido "ajuda aos amigos". O petista, que concorreu a deputado federal e não se elegeu, disse não conhecer nenhum dos dois.
A PF também investiga o envolvimento do presidente do Vasco Eurico Miranda e o deputado estadual Chiquinho da Mangueira com bicheiros. A dupla teria recebido dinheiro para financiamento para campanha eleitoral para deputado estadual, no ano passado. Outro político citado nas escutas telefônicas feitas pela PF, é o deputado federal Geraldo Pudim (PMDB), que tem como padrinho político o ex-governador Anthony Garotinho.PF afirma ter provas contra juízes e desembargadores em SP
Em São Paulo, foram apreendidos documentos, computadores e bens de 43 pessoas, entre elas juízes, desembargadores e contadores, acusadas de um esquema de venda de sentenças judiciais. Segundo a PF, que chamou o esquema de "bingão da Justiça", magistrados recebiam uma espécie de mensalão que chegava a R$ 30 mil mensais.
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