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O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (12) habeas-corpus ao governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). A informação é da TV Globo. O pedido de liberdade havia sido protocolado na quinta-feira (11) pelo advogado do governador licenciado, Nélio Machado.

A ordem de prisão contra Arruda foi expedida na quinta-feira à tarde pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou a prisão preventiva do governador e mais cinco pessoas envolvidas na tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, conhecido como Sombra. A prisão foi decretada sob o argumento de que todos estavam atrapalhando as investigações sobre o "mensalão do DEM de Brasília". Arruda teria proposto o pagamento de propina na tentativa de fazer com que Sombra mentisse em depoimento à Polícia Federal. O advogado do governador, Nélio Machado, argumentou que Arruda está sendo submetido a constrangimento ilegal, pois a prisão, segundo ele, é "abusiva, ilegal e desnecessária".

Nélio Machado classificou as denúncias contra Arruda de "perseguição". "Jamais se viu perseguição como a que vem atingindo há mais de dois meses o governador do Distrito Federal", destaca trecho do pedido de habeas corpus. "Elegeram esse caso como um caso exemplar e, com isso, se atropelam as garantias básicas e fundamentais", disse o advogado.

O STJ também expediu decreto de prisão contra Rodrigo Arantes, sobrinho e secretário do governador, Welinton Moraes, ex-secretário de Comunicação, o ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM), que agora é suplente, Haroaldo Brasil Carvalho, ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB), e Antonio Bento da Silva, conselheiro do Metrô, que foi flagrado ao entregar R$ 200 mil para Edson Sombra. Esse último, porém, já está preso desde a semana passada.

O escândalo de corrupção no DF veio à tona no dia 27 de novembro quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Caixa de Pandora. O suposto esquema de distribuição de propina foi denunciado pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa. O inquérito que envolve o governador do DF, seu vice e oito deputados distritais, além de empresários e membros do governo, tramita no STJ.

Procurados

O diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse nesta sexta que os três suspeitos de terem participado da suposta tentativa de suborno a um jornalista estão sendo "procurados." Ele se refere ao ex-deputado distrital Geraldo Naves (DEM) e ao ex-secretário de comunicação Weligton Moraes. O ex-diretor da Companhia Energética de Brasília (CEB), Haroaldo Brasil, já se apresentou à polícia e foi encaminhado para a carceragem nesta sexta-feira.

"Todos, nesse momento, são procurados. São pessoas procuradas pela Justiça", disse Corrêa. Os três haviam dito que se entregariam à Polícia Federal, assim como fizeram na noite de quinta (11) o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM) e o sobrinho dele, Rodrigo Arantes.

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