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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que o Nassau Branch of BankBoston, uma instituição financeira ligada ao Banco de Boston, informe se foram enviadas ao exterior remessas de dinheiro para o publicitário Duda Mendonça ou sua sócia, Zilmar Fernandes, nos últimos cinco anos. O STF autorizou ainda que essa quebra de sigilo seja utilizada para informar se algum recurso foi remetido para a conta Dusseldorf, aberta por Duda Mendonça em paraíso fiscal.

Todas as informações servirão para instruir o inquérito conduzido pelo tribunal que apura o escândalo do mensalão. Duda e a sócia são investigados por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. A suspeita é de que o dinheiro teria sido enviado através de uma conta CC5 do Nassau Branch of BankBoston. O STF quer saber a identidade de quem enviou os supostos recursos, mas não pediu que a instituição informe os valores das remessas. Duda e Zilmar tinham contas nas Bahamas, que um é paraíso fiscal.

O publicitário já confessou inclusive ter recebido do PT dinheiro não declarado nessas contas como pagamento por serviços prestados ao partido.

O relator do inquérito do mensalão, ministro Joaquim Barbosa, já havia determinado a quebra do sigilo da conta CC5 do Nassau Branch of BankBoston. No entanto, a instituição recorreu da medida com o argumento de que a conta servia para a remessa de dinheiro de outros clientes que não teriam motivo para ter o sigilo bancário quebrado. A solução de obter apenas os dados referentes ao publicitário e sua sócia foi votada nesta quarta-feira em sessão do STF.

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