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Rubens Paiva: militares conseguiram suspender a ação penal | EBC/ Divulgação
Rubens Paiva: militares conseguiram suspender a ação penal| Foto: EBC/ Divulgação

O ministro Supremo Tri­­bu­­­­nal Federal (STF) Teori Za­­vascki atendeu a um pedido dos militares acusados da morte e desaparecimento do deputado Rubens Paiva, em janeiro de 1971, e suspendeu uma ação penal que tramitava contra eles na Justiça Federal do Rio de Janeiro. Com a decisão, depoimentos dos militares, que estavam marcados para as próximas semanas, não irão mais acontecer.

O despacho de Teori ainda determina que o caso seja enviado ao Ministério Público Federal. Após o parecer dos procuradores, o ministro poderá rever sua decisão ou levar o assunto ao plenário do STF, que pode manter a suspensão do processo ou derrubá-la.

A ação penal para apurar o desaparecimento de Paiva havia sido reaberta no último dia 10. Numa decisão inédita, a Justiça Federal do Rio entendeu que os delitos praticados por militares durante a ditadura (1964-1985) deveriam ser considerados como crime contra a humanidade. Ou seja, não poderiam ser perdoados pela Lei da Anistia.

De acordo com a denúncia que levou à reabertura do caso, o general José Antônio Nogueira Belham, ex-comandante do DOI, na época, e o ex-integrante do Centro de Informações do Exército, Rubens Paim Sampaio foram denunciados por homicídio triplamente qualificado. A pena, se condenados, é de 37 anos e meio de prisão.

O coronel reformado Ray­­mundo Ronaldo Campos e os militares Jurandy e Jaci Ochsendorf são acusados de ocultação de cadáver, fraude processual e associação criminosa armada. As penas para os três crimes, se somadas, podem chegar a 10 anos de prisão, de acordo com o MPF.

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