O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), não acredita que a empresa Delta Construções tenha êxito no pedido apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) de preservar os sigilos bancário, fiscal e telefônicos solicitados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.
Na sexta-feira (1), os advogados da empresa deram entrada no STF com um mandado de segurança para tentar impedir a quebra desses sigilos. A relatora do caso é a ministra Rosa Weber.
Sobre o andamento dos trabalhos da CPMI, Sarney disse que a comissão mantém um ritmo normal e já apresenta alguns resultados. Ele destacou que foram realizados depoimentos e quebrados sigilos, inclusive o da Delta nacional.
Sarney ponderou que, por se tratar de um "assunto complexo", não se pode ter pressa nas investigações, mas, também, deve-se evitar que os trabalhos retrocedam ou parem.
No mandado de segurança, a defesa da Delta alega que a CPMI não fundamentou devidamente a decisão de violar os sigilos da empresa. "A citação de reportagens jornalísticas sobre o suposto crescimento financeiro da empresa Delta, por si só, não é fundamento para se devassar as ligações telefônicas efetivadas pelos 30 mil funcionários", argumentam os advogados.
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