Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) voltaram a negar nesta quarta-feira (15) o pedido da defesa do delator do mensalão, Roberto Jefferson, para inclusão do ex-presidente Lula entre os réus do mensalão. Isso já tinha sido decidido anteriormente pelo Supremo. Na segunda-feira (13), ao defender Jefferson, o advogado Luiz Corrêa Barbosa cobrou a presença de Lula entre os réus para desqualificar o trabalho do Ministério Público.
O ministro Ricardo Lewandowski disse que cabe à Procuradoria-Geral da República a responsabilidade de acusar alguém. "Mesmo que quiséssemos não poderíamos impor a inclusão de alguém", disse. Desde 2005, quando revelou o esquema em entrevista à Folha de S.Paulo, Jefferson diz que Lula não sabia de nada.
Para criticar o trabalho do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o advogado citou o fato de três ex-ministros de Lula estarem na acusação, entre eles José Dirceu (Casa Civil).
"É claro que sua excelência [o procurador-geral] não pode aqui afirmar que o presidente da República fosse um pateta, fosse um deficiente, que sob suas barbas, estando acontecendo essas tenebrosas transações atribuídas àquele ministro da Casa Civil [Dirceu], ele não sabia de nada", disse o advogado na sustentação oral.
Segundo o advogado, Lula é "safo" (esperto): "Não só sabia, digo eu, como ordenou o desencadeamento de tudo isso. Aqueles ministros eram apenas executivos dele".
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