O Superior Tribunal de Justiça (STJ) investiga se o ex-ministro Mário Negromonte, atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, usou o Ministério das Cidades para negociar propina de R$ 25 milhões que seria distribuída para partidos políticos. A suspeita é de que Negromonte acertou com o doleiro Alberto Youssef e com um sindicato da área de rastreadores qual seria a empresa que ficaria responsável pela implementação do sistema nacional de rastreamento de veículos automotores. O mecanismo seria aprovado pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), órgão vinculado ao ministério. Segundo Youssef, um dos principais delatores do esquema investigado pela Operação Lava Jato, as propinas seriam pagas para o PP e PT.
A defesa de Negromonte chamou de ilação e temerária a abertura da investigação e pediu ao STJ o arquivamento do inquérito contra o ex-ministro. Os advogados argumentam que Negromonte apresentou em 1997, quando era deputado federal, um projeto defendendo a adoção do sistema, 13 anos antes de virar ministro, sendo que ele foi motivado pelos alarmantes índices de furto e roubo de veículos no país.
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