Depois de ficar preso por um ano, 11 meses e 23 dias, o ex-prefeito de Fênix Aristóteles Dias dos Santos Filho (PMDB) conseguiu um habeas-corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi solto na última quinta-feira (28). O ex-prefeito vai responder o processo em liberdade.

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Santos Filho foi preso em junho de 2007, acusado de ser um dos mandantes da morte do ex-prefeito de Fênix Manoel Custódio Ramos (PMDB). O crime ocorreu em fevereiro de 2006. Ramos foi morto quando estacionou o carro na garagem da casa dele, no centro da cidade. Segundo a investigação da polícia, um homem teria chamado Ramos ao portão. O ex-prefeito foi atingido com cinco tiros no peito e na cabeça. Ele morreu na hora.

Cheio de mistérios, o crime apenas foi descoberto em abril de 2007, após a prisão de Luiz Pereira de Souza Junior, de 30 anos, acusado de ser o autor do crime. Segundo a polícia, Souza Junior recebeu R$ 15 mil para matar Ramos. Ele foi contratado, de acordo com a investigação, pelo braço direito do ex-prefeito, o ex-funcionário público Sidney Aparecido Farias. Souza Junior foi preso em Londrina. Farias também foi detido e cumpre pena na delegacia de Barbosa Ferraz.

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Após o homicídio, Souza Junior teria fugido para Rondônia, mas voltou ao Paraná para receber pela execução do ex-prefeito, quando foi preso. Em depoimento a polícia, o acusado apontou o Aristóteles Santos Filho como mandante do crime. Em junho de 2007, o Tribunal de Justiça do Paraná decretou a prisão do ex-prefeito.

Segundo o juiz da comarca de Engenheiro Beltrão, Silvio Hideki Yamaguchi, os advogados do ex-prefeito conseguiram um habeas-corpus no STJ alegando excesso de prazo no julgamento do processo. "O ex-prefeito pediu exoneração do cargo, perdeu o foro privilegiado, passou a ser um cidadão comum e vai responder em liberdade até o julgamento do caso por um júri popular."

A reportagem procurou Santos Filho, mas o ex-prefeito não foi localizado na cidade.