O Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou na quarta-feira (3) a quebra de sigilo telefônico do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e também do ex-governador do estado Sérgio Cabral, ambos do PMDB. No mesmo pedido foi autorizada ainda a quebra e sigilo de Régis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do Rio na gestão de Cabral, e de representantes de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
O pedido de quebra de sigilo foi enviado à corte pela Polícia Federal (PF) e autorizado pelo ministro Luis Felipe Salomão, relator da Lava Jato no STJ. A Procuradoria-Geral da República também deu parecer favorável à ação.
De acordo com a Procuradoria, Cabral e Pezão agiram juntos, com a contribuição de Fichtner, para receber R$ 30 milhões de empresas contratadas pela Petrobras para a construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). O dinheiro teria sido destinado para a campanha de Cabral e Pezão aos cargos de governador e vice, respectivamente, em 2010.
Em nota, Pezão disse estar à disposição da Justiça e afirmou que respeita a decisão. Cabral afirmou que reitera “o seu repúdio e a sua indignação às mentiras ditas pelo delator [da Lava Jato] Paulo Roberto Costa”. Fichtner, por sua vez, minimizou a decisão do tribunal.
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