R$ 3,10 é o custo para transportar cada passageiro nos ônibus de Curitiba. Como a tarifa está em R$ 2,60, há um rombo no sistema que precisa ser coberto por meio de subsídio.
O governador Beto Richa (PSDB) declarou ontem, por meio da agência de notícias do governo estadual, que vai manter o convênio para repasse do subsídio do transporte coletivo em Curitiba. O anúncio, no entanto, apenas confirmou o que já havia sido pactuado com a administração anterior, garantindo o repasse de recursos até o mês de maio. O prefeito Gustavo Fruet disse agradecer a compreensão do governador, mas ressaltou que as negociações para renovação do convênio por mais 12 meses prosseguem sem uma definição.
O texto divulgado pela Agência Estadual de Notícias informa que serão repassados pelo estado R$ 23,8 milhões no período de janeiro a maio. O objetivo seria manter a atual tarifa na capital, de R$ 2,60. "Este subsídio dado ao atual prefeito de Curitiba está nos mesmos parâmetros do qual foi repassado ao anterior", afirmou Richa após uma reunião com o coordenador da Região Metropolitana de Curitiba, Rui Hara. O subsídio, contudo, ainda faz parte do convênio firmado no ano passado com o ex-prefeito Luciano Ducci, que tem validade até abril de 2013.
Com isso, segue o impasse quanto a um possível reajuste da passagem nos próximos meses. "O governador, que foi prefeito por mais de seis anos, demonstra disposição em ajudar, ao confirmar os repasses até maio, quando será encerrado o primeiro ano de subsídio. Nos próximos dias, vamos pedir oficialmente que o subsídio seja renovado", disse Fruet após a declaração do governador. O prefeito considera a manutenção do subsídio necessária para evitar um aumento drástico no valor da tarifa.
Fruet voltou a descartar a possibilidade de reajustar a tarifa para R$ 3,10. Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), esse é o valor necessário para cobrir as despesas do sistema. "De forma alguma esse valor será repassado ao usuário", assegurou.