"Esse governo não tem remédio."

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Ney Leprevost (PP), presidente da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa, fazendo trocadilho sobre a falta de medicamentos especiais nas farmácias do governo e o desempenho da administração estadual.

Sucesso – Para acalmar os ânimos da oposição, o secretário da Fazenda, Heron Arzua, vai prestar contas do quadrimestre na Assembléia na quinta-feira, às 10 horas, durante audiência pública. O presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), acredita que, como o governo não tem nada a esconder, vai mostrar que não há nada errado com as finanças do estado. "O Heron é uma figura extraordinária e respeitada no Brasil inteiro. Vai dar todas as informações e sair belo e faceiro, como sempre", prevê.

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Manobra – O vice-presidente da Comissão de Finanças, deputado Reni Pereira (PSB), lembra que o governo vai prestar contas com um mês de atraso e que ainda não publicou as receitas e as despesas estaduais na internet. "Só podem estar querendo esconder alguma coisa", disse o deputado, que vem acusando a Secretaria da Fazenda de "maquiar" o orçamento de 2006 para encerrar o caixa com saldo positivo. O governo, segundo ele, lançou R$ 179 milhões de títulos a receber como dinheiro em caixa.

Fila – Os próximos a comparecer na Assembléia Legislativa serão o ex-procurador do Estado Sérgio Botto de Lacerda e o ex-diretor da Sanepar Rogério Distéfano. Os requerimentos da oposição cobrando a presença dos dois já foram aprovados pela Assembléia. Falta a presidência marcar a data. "Não vou deixar nada para depois do recesso", garante Nelson Justus.

Definição – Está também nas mãos do presidente Nelson Justus a instalação da comissão especial de investigação sobre as despesas do governo com publicidade. O deputado disse que vai reunir as lideranças dos partidos nos próximos dias. "Queremos explicar como vamos agir neste caso", disse. Só não quis adiantar como pretende agir. O requerimento da oposição foi aprovado no início do mês e o autor, Marcelo Rangel (PPS), cobra rapidez para que os trabalhos comecem antes do recesso de julho.

Cobrança – O líder da oposição, Valdir Rossoni (PSDB), espera que o procurador-geral de Justiça do Estado, Milton Riquelme Macedo, puna o governo pela prática de "esconder" informações que deveriam ser públicas. "As manobras que estão sendo feitas para evitar a prestação de contas levam a oposição a acreditar que a administração está querendo acobertar irregularidades", diz Valdir Rossoni.

Decisão – O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Durval Amaral (DEM), afirma que o Ministério Público vai ter que decidir se abre procedimento administrativo contra o governo para apurar crime de responsabilidade ou se vai entender que os deputados não têm legitimidade para recorrer à Justiça. Pelo Regimento Interno, só a presidência da Casa teria esse poder.

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Inútil – A atitude da oposição de recorrer ao Ministério Público para conseguir respostas dos pedidos de informações aprovados pela Assembléia não agradou os governistas. "A oposição tinha que cobrar não do Ministério Público mas da mesa executiva da Casa uma posição mais efetiva. Somos um poder independente e o Ministério Público está ligado ao Executivo e não é um quarto poder. Envolver o MP nisso não vai adiantar nada", diz o líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB).

Balanço – A Casa Civil deve divulgar nesta semana um levantamento que está sendo feito sobre os pedidos de informações que não foram respondidos. Segundo Romanelli, a lista da oposição está "furada". Mas ele admite que, se o governo não consegue responder em 30 dias pela complexidade do tema, deve avisar a oposição. "Tem de haver certo cuidado com isso", afirma.

Pinga-fogo

"A cerca do Cangüiri deve ser muito sedutora". Do líder do PDT, Luiz Carlos Martins, avaliando o poder que o governo exerce sobre a maioria dos deputados. "Estão tentando dividir a oposição." ••• A Câmara de Curitiba decidiu mudar o esquema de trabalho nesta semana. ••• As sessões plenárias começam uma hora antes, às 15 horas. O presidente João Cláudio Derosso (PSDB) adotou essa estratégia porque os vereadores irão votar a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO). ••• O secretário de Finanças de Curitiba, Luiz Sebastiani, e o de Governo, Maurício Ferrante, estarão de plantão na Câmara para tirar qualquer dúvida dos parlamentares ••• A bancada do governo pretende votar amanhã o projeto que trata da isenção e redução da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) para micro e pequenas empresas do Paraná. *** A legislação no Paraná precisa estar adequada antes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que entra em vigor em 1.º de julho.