Extinta em 2001 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por ser símbolo da corrupção na administração pública, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), recriada pelo presidente Lula em 4 de janeiro último, pode renascer envolvida nos velhos problemas. A autarquia responde a cerca de 290 inquéritos.
Todos investigam desvios de verbas do extinto Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam), por empresários que inventaram diversas maneiras de fraudar os mecanismos de controle oficial e causaram um rombo calculado em quase R$ 2 bilhões.
Mesmo com o presidente Lula deixando em aberto a data da implantação da autarquia, nos bastidores é dado como certo que ela ficará sob influência direta de um destes três políticos: o deputado Jader Barbalho, o senador José Sarney (PMDB-AP) e, correndo por fora, o ex-governador do Acre Jorge Viana (PT). Jader, que renunciou ao mandato em 2001, acusado de comandar a corrupção na Sudam, tem costurado em surdina acordos para emplacar um nome na direção da autarquia.
Sarney, que não conseguiu indicar um correligionário para a presidência da Eletronorte, pode usar essa perda como vantagem futura. Viana, apesar da forte influência junto a Lula, aparece menos chances, já que teria emplacado um nome na presidência do Banco da Amazônia (Basa).
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