O executivo Kurt Paul Pickel, personagem da Operação Castelo de Areia, afirma que não manda dinheiro para fora do país e que doleiros não fazem parte de seu rol de contatos.

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Sua atividade preponderante, ele diz, consiste na "prestação de uma espécie de consultoria em alguns negócios" da Camargo Corrêa, alvo maior da Polícia Federal em investigação sobre suposto esquema de remessas de valores para paraísos fiscais e lavagem de dinheiro.

Suíço naturalizado brasileiro, de 68 anos, ele foi capturado às 6h de 25 de março. A PF também deteve quatro executivos da empreiteira e três doleiros. Todos foram libertados 72 horas depois por ordem da desembargadora Cecília Mello, do Tribunal Regional Federal. A Kurt Pickel, o Ministério Público Federal atribui papel valioso na organização que acredita ter desmontado.

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"Coordenador do fluxo de elevados valores enviados fraudulentamente ao exterior por ordem dos diretores da Camargo Corrêa", afirmou a procuradora Karen Kahn.

"Me sinto vítima de uma injustiça, fui preso sob a acusação de ter participado de fatos com os quais nunca me envolvi", declarou Pickel. Seu advogado, o criminalista Alberto Zacharias Toron, sustenta que Pickel não é doleiro e que sua inocência será provada à Justiça. Pickel disse que prestava "conselhos financeiros" aos diretores da Camargo Corrêa e que agora vai "tentar se recuperar do grande abalo que sofreu".