Virada
Porcentual de satisfeitos com atuação pessoal da presidente sobe para 52%
A pesquisa Ibope também avaliou a opinião dos brasileiros sobre a atuação pessoal de Dilma Rousseff. Nesse caso, houve uma virada: por margem apertada, a maioria agora aprova a presidente e confia nela.
No levantamento anterior do instituto, feito em 13 de julho, o índice de desaprovação a Dilma chegava a 49%, enquanto 45% diziam aprovar seu desempenho. Na pesquisa de agosto, a parcela dos satisfeitos subiu para 52%, enquanto o índice de desaprovação caiu para 43%.
Dilma está completando seu 32.º mês de governo. Quando tinha esse mesmo tempo de mandato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha taxas de aprovação e de confiança inferiores à da atual governante.
Lula, em agosto de 2005, era aprovado por 45% dos eleitores, segundo pesquisa Ibope feita na época. Os que confiavam no então presidente eram 43%. Naquele momento, o petista vivia o ápice da maior crise de seu governo o escândalo do mensalão havia estourado apenas dois meses antes.
Comemoração
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, comemorou ontem a recuperação do índice de aprovação da presidente Dilma e disse que o resultado dá alívio ao governo. "A recuperação nos dá um certo alívio e reforça a convicção de que a gente tem que trabalhar mais", disse Carvalho.
O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) recuperou parte da aprovação perdida após as manifestações populares de junho. Pesquisa Ibope em parceria com o jornal O Estado de São Paulo concluída na última segunda-feira mostra que a taxa de ótimo/bom do governo cresceu de 31% para 38% desde 12 de julho. Ao mesmo tempo, as opiniões de que o governo é ruim ou péssimo caíram de 31% para 24%.
A avaliação de que o governo é "regular" permaneceu em 37%. Apenas 1% não soube ou não quis responder. A recuperação ocorreu principalmente no Sul, onde a taxa de aprovação passou de 28% para 39%, e no Sudeste, de 24% a 36%.
Para a CEO do Ibope Inteligência, Marcia Cavallari, a recuperação de parte da popularidade de Dilma está relacionada ao refluxo das manifestações de rua, principalmente no Sudeste. "Os protestos diminuíram de tamanho e de alvo. A presidente não está mais no foco das manifestações", afirma Marcia.
Ajudou também a melhoria de alguns indicadores econômicos, como a redução da inflação e do desemprego, e o aumento da confiança do consumidor. Ontem, a Fundação Getulio Vargas mostrou que o índice de confiança dos consumidores cresceu 4,4% em agosto. "São todos indicadores concretos, que fazem diferença no dia-a-dia do eleitor", afirma a CEO do Ibope Inteligência.
A pesquisa Ibope mostra que a recuperação da popularidade de Dilma é lenta. Side que sua imagem estava melhorando haviam sido detectados pelo Datafolha duas semanas atrás. Em comparação àquela pesquisa, a aprovação governo foi de 36% para 38% agora. Ainda está longe do patamar em que se encontrava no início do ano, porém. Em março, a presidente chegou a 65% de ótimo/bom no Datafolha e 63% no Ibope.
A pesquisa Ibope-Estado foi feita entre os dias 15 e 19 de agosto. Foram feitas 2.002 entrevistas. A pesquisa tem abrangência nacional: foi feita em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
38% dos eleitores consideram o governo da presidente Dilma ótimo ou bom, segundo pesquisa Ibope.
24% dos brasileiros disseram considerar o governo ruim ou péssimo. Pesquisa de julho indicava que esse grupo contava com 31%.
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