Tomou posse nesta segunda-feira o deputado Roland Lavigne (PSDB-BA), suplente do ex-deputado federal baiano Coriolano Sales (PFL-BA), citado pela CPI dos Sanguessugas entre os envolvidos na máfia das ambulâncias. Coriolando Sales renunciou na semana passada para não responder a processo de cassação. Lavigne assume um mandato de cinco meses.

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- Vou fazer tudo que for possível pelo povo da Bahia nesses cinco meses - disse o deputado.

Lavigne é médico, atualmente estava sem mandato e concorre a uma vaga na Câmara nas eleições de outubro. Na vida política desde 1987, já foi vereador, vice-prefeito, deputado estadual e federal. Caiu no ostracismo depois do seu rompimento com o grupo político liderado pelo senador Antôonio Carlos Magalhães (PFL), em 2002, para ingressar no PMDB.

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Sua decadência política, no entanto, começou bem antes, na década passada, quando foi citado, em 1994, num episódio polêmico envolvendo índios Pataxós-hã-hã-hãe, no sul da Bahia, sob a acusação de esterelizar índias em idade fértil. O fato foi denunciado à Fundação Nacional do Índio (Funai), que encaminhou pedido de abertura de inquérito ao Ministério Público. A acusação era de que Roland Lavigne realizava as laqueaduras de trompa em troca de votos. O caso ganhou repercussão e chegou à Organização das Nações Unidas (ONU).

Desde então, ele vem amargando sucessivas derrotas na urnas. Em 2002, Lavigne ficou na suplência do PMDB. Nas eleições municipais de 2004, entrou na disputa pela prefeitura de Ilhéus, mas acabou renunciando à candidatura para apoiar o candidato do PT, Rui Carvalho, derrotado por Valderico Reis, eleito pela coligação PMDB-PDT.

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