O deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ), membro suplente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, pedirá, na próxima terça-feira (27), a anulação da sessão meteórica de pouco mais de três minutos que aprovou 118 projetos na última quinta-feira (22). Segundo o parlamentar, a medida feriu o artigo 46 do Regimento Interno da Casa, onde estabelece que "em nenhum caso, ainda que se trate de reunião extraordinária, o seu horário poderá coincidir com o da Ordem do Dia da sessão ordinária ou extraordinária da Câmara ou do Congresso".

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"É um absurdo. A culpa foi de quem estava na presidência desta sessão da CCJ. Teria que suspender. Houve manipulação. Os deputados não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. Pedirei a anulação - disse Sirkis.

Ao mesmo tempo que acontecia a sessão relâmpago na CCJ, apenas na presença do deputado Luiz Couto (PT-PB), 411 parlamentares discutiam e aprovavam, em sessão extraordinária no plenário da Câmara, 15 matérias da ordem do dia, a maioria de autoria da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, como um acordo entre Brasil e Espanha relativo à segurança de informações sigilosas, assinado em Madri, em 17 de setembro de 2007.

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"Foi uma vergonha por mais que houvesse quórum na hora. Não se poderia discutir 118 projetos com apenas um deputado presente. Isso foi armadilha de alguém", afirmou Sirkis.

Quem presidiu a sessão na CCJ foi o deputado Cesar Colnago (PSDB-ES), terceiro vice-presidente. Para abrir uma sessão na CCJ, a mais numerosa e mais importante da Câmara, são necessárias assinaturas de 36 deputados. O quórum existia, mas todos assinaram e foram embora.