A PEC dos Vereadores acrescenta três vagas às 38 que existem na Câmara de Curitiba. Entretanto, o presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB), anunciou que irá consultar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) antes de tomar qualquer decisão sobre a posse dos suplentes.
Derosso destacou que, em 2004, quando houve um acréscimo de três vereadores de 35 para os atuais 38 , também consultou o TRE sobre a legalidade da medida. "Vou agir da mesma forma e checar se a aplicação deve ser imediata, até porque o TSE já se manifestou contrário a isso", declarou.
Assim como ocorreu há cinco anos, será preciso votar em plenário uma alteração na Lei Orgânica do município, para permitir a posse de três suplentes. Devem assumir as vagas Paulo Salamuni (PV), Rozeli Izidoro (PT) e Clemente Vieira (PMDB) os dois últimos se juntariam à bancada de oposição, hoje formada por apenas cinco vereadores.
Falta de espaço
O grande obstáculo à chegada dos suplentes é o espaço físico da Câmara da capital. De acordo com Derosso, a estrutura do prédio, no centro de Curitiba, já não comporta adequadamente os vereadores da atual legislatura. "Quando houve o aumento de 35 para 38 parlamentares, tivemos de transformar as salas de espera do anexo 2 em três gabinetes", contou o presidente da Casa. "Se essa nova alteração for confirmada, vamos ter de realocar alguns departamentos."
João Cláudio Derosso disse ainda que o corte do teto de gastos das câmaras de todo o país, aprovado junto com o aumento do número de vereadores, já era de conhecimento da atual direção da Casa. Por isso, disse ele, a Câmara de Curitiba já vinha fazendo cortes sistemáticos nos gastos legislativos. "Boa parte da economia deste ano será usada para a reforma do prédio, que tem várias rachaduras", disse. "Para o ano que vem, iremos estudar como fazer. Podemos, por exemplo, diminuir o número de cargos comissionados para se adequar a esse novo cenário."
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