O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) esteve na tarde de hoje com o ex-ativista Cesare Battisti na penitenciária da Papuda, em Brasília, onde o italiano está preso desde março de 2007. O senador contou que Battisti reclamou da demora do governo brasileiro em libertá-lo, como decidiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia de seu governo.

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Battisti comparou o episódio ao que ocorreu na França quando a ex-ativista Marina Petrelli, favorecida por um ato do presidente Nicolas Sarkozy negando sua extradição para a Itália, foi colocada em liberdade meia hora depois. Ele lembrou que aqui no Brasil já se passaram 11 dias desde a decisão de Lula, que ainda depende de um parecer do Supremo Tribunal Federal (STF).

Suplicy disse que Battisti voltou a negar ter assassinado quatro pessoas nos anos 70 em seu país, crimes pelos quais foi condenado na Itália. Battisti atribuiu novamente a denúncia que pesa contra ele a ex-integrantes da luta armada que conseguiram a liberdade em troca de delação premiada.

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O senador negou ter perguntado o que ele fará quando estiver em liberdade. "O que eu sei é que ele continuará sendo escritor. Ele está conseguindo manter seu trabalho como escritor", disse Suplicy. O senador disse acreditar que Battisti não constituiu família nos quatro anos em que está no Brasil, mas que ele tem uma namorada, que conheceu na própria Papuda, onde está preso.