O governador Beto Richa (PSDB) falou na manhã desta quarta-feira (30) sobre a citação do nome dele em e-mails apreendidos pela Operação Lava Jato. Ele criticou o vazamento da informação e disse que ficou sabendo do assunto pela imprensa. Nas mensagens, enviadas em 2010, Marcelo Odebrecht envia o curriculum de Richa a dirigentes de grandes empresas, como a Gerdau, que depois fez doações para a campanha do tucano ao governo do Paraná.
“Posso dizer que fico no mínimo surpreso com a divulgação desses e-mails que estou vendo pela imprensa. Não vejo, pelo que tomei conhecimento, irregularidade, ilegalidade, imoralidade alguma nessa situação” disse. “Agora, estranha o vazamento, de certa forma, mais uma vez, para tentar macular minha imagem”, acrescentou.
- Ajuste fiscal no PR custou R$ 18 para a população e apenas R$ 1 ao governo
- Assembleia aprova pacotaço de Richa, mas atenua medidas mais polêmicas
- Veja as alterações apresentadas ao “pacote anticrise” do governo que foram aceitas e rejeitadas:
- icha reduz déficit de 2014 e oficializa “pedalada” para aprovar contas
Marcelo Odebrecht está preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, acusado de participar do caso de corrupção na Petrobras. O surgimento do nome de Richa num e-mail dele em época eleitoral, fez surgir especulações sobre as contribuições para a campanha ao governo do estado. O governador garante que não. “Parece serem [sic] e-mails para empresas que ajudaram na minha campanha, que diziam que era bom consultar o meu curriculum. Meu curriculum está à disposição na internet para quem quiser ver”, disse.
Richa foi além e recomendou que outros candidatos e doadores de campanha sigam o exemplo dele. “Aliás, eu acho uma boa prática. Eu acho até que os demais deveriam seguir esse exemplo. O empresário que quer doar para a campanha de um candidato, que possa antes disso observar o seu curriculum. Se o meu curriculum foi aprovado por uma pessoa que reputo dos mais conceituados e respeitados empresários do Brasil, como é o caso do doutor Jorge Gerdau, eu me sinto honrado”, afirmou.
Outro lado
Em nota, a Bunge informou que não tem posições partidárias e não apoia partidos políticos. “Suas doações para campanhas eleitorais sempre foram orientadas para apoiar candidatos e/ou partidos alinhados à visão de desenvolvimento sustentável do agronegócio, para que pudessem apresentar suas ideias e propostas à sociedade, defendendo-as junto aos eleitores em igualdade de condições com os demais candidatos”, diz um trecho da nota. A empresa afirma ainda que sempre realizou suas doações eleitorais em observância à legislação, devidamente contabilizadas e informadas ao Tribunal Superior Eleitoral.
A reportagem da Gazeta do Povo entrou em contato com as empresas Suzano e Odebrecht, mas não obteve retorno. A Gerdau informou apenas que não vai se manifestar sobre o assunto.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares