O Ministério Público de Contas em São Paulo, que atua no Tribunal de Contas do Estado, quer que o órgão julgue novamente contratos que haviam sido considerados regulares das 19 empresas que aparecem na denúncia de cartel feita pela Siemens. A empresa fez a acusação ao Cade, o órgão federal encarregado de evitar práticas contra a concorrência. O Ministério Público de Contas, implantado este ano em São Paulo, fiscaliza os julgamentos do tribunal.

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A denúncia da Siemens mudou tudo, segundo o procurador José Mendes. "Os contratos das empresas que fazem parte, em tese, do cartel precisam ser analisados de novo porque surgiu uma informação nova", diz.

A informação nova foi a revelação pela Siemens de que ela e outras 18 empresas combinavam preços e dividiam lotes de concorrências do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para que o ganho delas com os contratos fosse mais elevado. A própria Siemens disse na confissão que o preço seria menor se não houvesse o conluio entre as empresas.

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A Siemens fez a denúncia ao Cade em troca de uma punição mais branda para o grupo e seus executivos, como prevê a lei concorrencial.