Um dos suspeitos de participação no assassinato do jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, foi transferido de Alagoas para o Rio de Janeiro, às 12h30 desta terça-feira (9), com escolta da Polícia Civil. Ele partiu em um vôo comercial no Aeroporto Zumbi dos Palmares. O suspeito deve chegar às 16h ao Aeroporto Internacional Tom Jobim.
Em depoimento à polícia em Alagoas, o rapaz teria contado detalhes de sua participação no crime. Ele afirma ter 17 anos.
Além da viatura que levou o rapaz, seis policiais armados fizeram a segurança do suspeito. Ele aguardou o embarque dentro do carro. O rapaz foi detido semana passada no bairro Trapiche da Barra.
Segundo a polícia, o suspeitoestava há três meses em Alagoas, onde praticou furtos de motocicletas e roubos de aparelhos celulares. O pedido de transferência foi solicitado pela juíza carioca Adriana Angeli de Araújo.
Jornalista foi morto em 2002
Tim Lopes foi capturado, morto e torturado em 2002, quando fazia uma reportagem sobre bailes funk na favela da Grota, no conjunto de favelas do Alemão, no subúrbio do Rio. Elias Maluco, Fernando Satyro, Elizeu Felício de Souza, Ângelo Ferreira, Reinaldo Amaral de Jesus, Claudino dos Santos Coelho e Cláudio Orlando do Nascimento, o Ratinho, foram acusados pelo crime. Juntas, as sentenças dos assassinos somam 155 anos de prisão.
Condenado fugiu da prisão
No dia 10 de julho, após ser beneficiado pela conquista do regime semi-aberto, Elizeu Felício de Souza, o Zeu, fugiu do presídio. Ele entrou na lista dos criminosos mais procurados pela polícia do Rio.
A polícia informou que ele saiu para visitar a família e não voltou mais. Zeu foi condenado a 23 anos e seis meses de prisão e conseguiu a progressão de regime em fevereiro, depois de ter cumprido cinco anos e 25 dias de prisão. Segundo o Ministério Público, foi ele quem comprou a gasolina para queimar o corpo do jornalista.
Em setembro, a polícia passou a investigar a possível morte de Zeu. De acordo com as investigações da 44ª DP (Inhaúma), Zeu teria sido assassinado por traficantes do conjunto de favelas do Alemão. Sua morte teria sido ordenada por Antônio José Ferreira de Souza, o Tota, chefe do tráfico de drogas da região. Mas a informação não foi confirmada.
O disque-denúncia confirmou nesta sexta-feira (5) que ainda está sendo oferecida recompensa de R$ 5 mil para quem tiver qualquer pista que leve à prisão do fugitivo.
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